Mondrian em amena cavaqueira com Schwiters e Malevitch, sob o olhar beneplácito de Marcel Duchamp.                                 Mondrian em amena cavaqueira com Schwiters e Malevitch, sob olhar beneplácito de Marcel Duchamp.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Materiais retirados do lixo, materiais que comigo chocam quando no quotidiano, deambulo pelos mais diversos locais, texturas esculpidas pelo imponderável que de súbito se me revelam como se sempre tivessem sido destinadas para integrar aquele quadro, objectos inúteis que readquirem vida aos meus olhos e se impõem naquela tela, peças do acaso que é afinal o motor desta arte que é a minha. Uma filosofia Dadaista, aparentemente anacrónica, mas que se colou a mim como se de uma segunda pele se tratasse.                             

 

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O imponderável, o aleatório, o acaso, manifestam-se quotidianamente, em encontros fortuitos com os materiais, ou nas contingências impostas pelo tempo. Nos painéis os planos multiplicam-se, recusam a singularidade. Projectam-se em direcção ao observador, contradizem-se, manipulam e confundem.                                  

       

 

 

Não tenho que vos dizer que para o público em geral e para vós, o público refinado, um dadaísta é o equivalente a um leproso.   Todos sabem que dada é nada. Fugi de Dada e de mim mesmo assim que entendi a implicações de nada.    Se se é pobre de espírito, é-se possuidor de uma inteligência segura e indominável, uma lógica selvagem, uma perspectiva inabalável.                                                TristanTzara,1918

Não sou um revolucionário, não sou um reformador, não sou neutro. Abraço a causa mas livre de "voar", nos meus termos. A minha paleta é o espaço da urbe por onde se disseminam os objectos perdidos e rejeitados que se encontram, se confrontam e se harmonizam nos meus painéis. As cores mistura-as o tempo, o imponderável, o acaso,  essa lei que rege os destinos do Universo.

                                                                                                                                                                                                                          

                                                                                     Sou o resultado das batalhas que quotidianamente ocorrem no meu interior. Neste mundo que é o meu, não existe lugar para Deus (não fosse esta figura mitológica servir de bode expiatório para o meu fracasso), não há espaço para a paz.  As peças que vão aparecendo são lágrimas ou sorrisos, gritos ou silêncios, dor, amor, sofrimento, vida morte ou eternidade. São ciência ou poesia são viagens infinitas pelo cosmos.  

 

O "ready made" é talvez o objecto artístico mais controverso da história da arte. O seu aparecimento acarreta a dessacralização desta, com consequências incontornáveis para a arte e para os artistas que estão para chegar.      

Há uma coisa que pretendo deixar bem claro, é que a escolha destes "ready-made" não foi nunca ditada por qualquer razão de carácter estético. Esta escolha assentava numa reacção de indiferença visual e, simultaneamente, uma ausência total de bom ou mau gosto...na realidade, uma completa anestesia.  Marcel Duchamp

Nos painéis as linhas entrecruzam-se parecendo obedecer a fundamentos originados na matemática. Esta mondrianização, constitui um dos princípios do método. Mas não são princípios de carácter científico que o condicionam. É o instinto, o aleatório, a emoção. O método implica a assunção da imponderabilidade como elemento integrante e fundamental no processo criativo.

  

          

         

          

 

 

 

 

 

 

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Olhar e ver o que não existe, o que não está lá. Por todo o lado, ver nestas imagens efémeras, a estranha beleza do indizível.

Por vezes sou habitado por um estranho ser que tudo domina. Então, preso como uma marioneta, viajo pelo mundo de Alice, do lado de trás do espelho.

As tiras e os personagens que foram publicadas na revista NON!.

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Este site foi actualizado pelo última vez em 13/01/08